O Complexo Balnear Oeste de Miróbriga

📅: 2006-08-05     |  📷: FUJIFILM FinePix S5000 
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As termas ocidentais de Miróbriga, Santiago do Cacém, datam do século II d.C. e são um exemplo da engenharia romana aplicada à higiene pública e sociabilidade. As ruínas, em alvenaria de pedra, revelam a organização típica dos 'balnea', com espaços como o 'frigidarium', 'tepidarium' e 'caldarium', interligados por corredores e áreas de serviço. Embora sem o pavimento original, a disposição sugere a presença de um sistema de hipocausto para aquecimento do ar e da água, essencial para o conforto térmico. A existência de duas termas em Miróbriga indica a relevância urbana do local, possivelmente com separação de utilização por género ou estatuto social. Integradas numa malha urbana com fórum, áreas residenciais e comerciais, estas termas demonstram a importância de Miróbriga como centro regional. As fases construtivas, com adaptações tardias, sugerem uma ocupação prolongada e a persistência do uso da água. As termas não eram apenas para higiene, mas também espaços de convívio e de afirmação da cultura romana na província da Lusitânia, integradas numa complexa rede de captação, condução e drenagem de água.

The western baths of Miróbriga, Santiago do Cacém, date back to the 2nd century AD and are an example of Roman engineering applied to public hygiene and sociability. The stone ruins reveal the typical layout of the ‘balnea’, with spaces such as the ‘frigidarium’, ‘tepidarium’ and ‘caldarium’, interconnected by corridors and service areas. Although the original flooring is missing, the layout suggests the presence of a hypocaust system for heating the air and water, essential for thermal comfort. The existence of two thermal baths in Miróbriga indicates the urban relevance of the site, possibly with separate use by gender or social status. Integrated into an urban network with a forum, residential and commercial areas, these thermal baths demonstrate the importance of Miróbriga as a regional center. The construction phases, with later adaptations, suggest prolonged occupation and the persistence of water use. The baths were not only for hygiene, but also spaces for socializing and affirming Roman culture in the province of Lusitania, integrated into a complex network of water collection, conduction, and drainage.

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